Nara Vidal

Nara é escritora, tradutora, professora e editora. Formou-se em Letras (literatura e língua inglesas)  pela UFRJ. Vive na Inglaterra desde 2001, tendo realizado seu mestrado  em  “Artes e Herança Cultural” na London Metropolitan University, em 2005,  após um ano de estudos no Istituto di Cultura Torquato Tasso, em Sorrento, Nápoli. Sua dissertação Image or Imagination British perception of Brazil through time, foi publicada pela London Metropolitan University e está catalogada na British Library.

Autora de livros para crianças e adultos, estreou no romance com Sorte (Moinhos, 2018), um dos vencedores do Prêmio Oceanos em 2019, com direitos vendidos para a Holanda e México. Seu livro mais recente é uma coleção de contos – Mapas para desaparecer – publicado pela editora Faria e Silva.

É editora da revista literária Capitolina, trabalho que lhe rendeu um prêmio APCA em 2021, e colaboradora de várias publicações, como a revista Quatro Cinco Um, além de colunista dos jornais Tribuna de Minas e Rascunho.

  • Come, you spirits
    That tend on mortal thoughts, unsex me here,
    And fill me from the crown to the toe top-full
    Of direst cruelty. Make thick my blood.
    Stop up the access and passage to remorse,
    That no compunctious visitings of nature
    Shake my fell purpose, nor keep peace between
    The effect and it! Come to my woman’s breasts,
    And take my milk for gall, you murd’ring ministers

    Venham, espíritos

    que espreitam pensamentos de morte, arranquem-me o sexo.

    E me preencham da cabeça aos pés

    da mais medonha crueldade. Tornem espesso o meu sangue.

    Obstruam o acesso e a passagem para o remorso,

    para que nenhuma aparição ressentida da natureza.

    Me faça hesitar do meu pior propósito, promovendo a paz

    entre ela e o ato! Venham para os meus seios de mulher

    e façam do meu leite fel, ministros do crime.

    William Shakespeare, fala de Lady Macbeth, em Macbeth, Ato 1, cena 5

    tradução: Nara Vidal

     

     

Nara Vidal

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